Os
passos que levam à escola são impulsionados por sonhos. A escola por sua vez
instiga e instrumentaliza as crianças e os jovens para que realizem sonhos.
Certamente, no dia 08 de março de 2017, Marta foi a escola movida por sonhos e
pela sede de conhecimento. Infelizmente suas motivações foram sufocadas e sua
vida teve fim.
Diante
desse ocorrido em nós foi plantada a dúvida de que a escola seja um lugar para
alimentar sonhos e, consequentemente, em nossos corações a dor se instalou.
Muitas perguntas estão suspensas no ar e apenas uma certeza: estamos vivendo
numa sociedade violentíssima aonde jovens movidos pela intolerância são capazes
de sufocar sonhos e vida.
Temo
pelos jovens, professores e funcionários que estão no ambiente escolar
impregnado pela violência verbal, física e psicológica. Temo pelas pessoas que
sofrem violência na rua e em seus lares. Temo pelo futuro de homens e mulheres que
na escola não aprenderam a tolerância, o respeito e o amor. Temo pela sociedade
que está, a cada dia, mais insensível e sem capacidade de se relacionar.
Então,
como fica a questão da formação do ser humano? A quem é permitido sonhar e
viver? Qual será o futuro da humanidade? Diante da morte da jovem Marta no dia
Internacional da mulher eu somente posso fazer a oração canta por Mercedes
Sosa: Sólo le pido a Dios que el dolor no me sea indiferente que la resseca
muerte no me encuente vacía y sola sin haber hecho lo suficiente. Espero,
realmente, que não sejamos indiferentes à dor causa pela violência e morte. Que
vivamos sonhando e caminhando na direção da paz, justiça. Amém!
Pastor
Günter Bayerl Padilha